Deni Zolin

Transporte coletivo amarga prejuízo de R$ 11 bilhões no país

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Um levantamento da Associação Nacional de Transportadores Urbanos (NTU) revela que a redução do número de passageiros e a obrigação de manter oferta elevada contribuíram para o acúmulo de R$ 11,75 bi em prejuízos nos últimos 12 meses no Brasil. Segundo a pesquisa, feita em mais de 20 capitais, houve redução média de 40,8% no número de passageiros e diminuição de apenas 20,8% na oferta dos serviços, para evitar aglomerações, o transporte público coletivo urbano segue sob ameaça de novas interrupções dos serviços, como já vem ocorrendo em várias cidades brasileiras.

A entidade revela que o setor ficou sem o socorro de R$ 4 bilhões prometido pelo governo federal e vetado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Congresso. Com isso, diz que o quadro é desolador, com 18 empresas operadoras e três consórcios operacionais que foram obrigados a interromper a prestação de serviço desde março de 2020 no país, em função dos prejuízos decorrentes da redução da demanda. E registra que desde o início da pandemia, 78 sistemas de transportes urbanos enfrentaram paralisações. Em um ano, foram 182 greves, manifestações e/ou protestos, de acordo com o estudo da NTU. Ao todo, foram mais de 66 mil demissões no transporte público do país.

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Aqui no Estado, o caso mais recente é o de Rio Grande. A cidade no Sul do Estado enfrenta uma paralisação do serviço de transporte coletivo, devido a um impasse entre a empresa Noiva do Mar e seus funcionários por causa de atraso nos salários. Na última terça, a prefeitura de Rio Grande notificou as empresas que atuam no transporte coletivo a retomar o serviço a partir de quarta.

Em Santa Maria, os serviços seguem sendo realizados, apesar da grande dificuldade das empresas de ônibus. Isso se reflete também nos passageiros, que acabam enfrentando ônibus cheios, porque o município não pode exigir 100% da frota circulando. Como não há previsão alguma de quando a pandemia terá fim, o problema é que não se sabe até quando as concessionárias conseguirão suportar essa queda tão expressiva de usuários.

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